Hoje não quero perder nenhum ônibus.
E não quero a embriaguez dos teus beijos,
Se eles calarem as vozes
Que eu tanto demorei a soltar
E sufocavam-me as ideias.
Quero um abraço que me liberte,
os meus lençóis com aquele cheirinho bom...
Hoje não quero tocar-te a alma.
Quero o beijo dos lírios
Nos meus olhos cansados de ser.
Não quero sorrisos de lado
Que me tonteiam até ficar sem rumo.
Não hoje, não mais.
Eu sei o que quero - por incrível que pareça.
Hoje quero a doçura
Que sei exatamente onde encontrar.
Nada de paixões que aprisionam e te enchem de pensamentos, apenas uma relação doce e de efeito libertador, sem se importar demais, sem ter que ser nada além de você...foi o que captei! Belo texto, parabéns, Aninha! Bjs!
ResponderExcluirAspirações confusas entre o não-querer e o querer. Que geram certa ambigüidade.
ResponderExcluirA certeza de que...
"Não quero a embriaguez dos teus beijos,"
Se dissolve na condição:
"Se eles calarem as vozes"..
Um verdadeiro: ou muda ou mudo!
"Não-quero -x- Quero"; "Mal-quero -x- bem-quero"; "Mal-me-quer -x- Bem-me-quer"!
Mas o ônibus... Não querer mais esperar o ônibus... é concreto demais! E estranho à poesia!