Invade-me o marasmo de um sábado qualquer
No teto, o ventilador gira - uma só vez,
Giro fictício, só a minha mente girou.
Que será que houve?
Eu queria respostas - e não havia.
Sim, estou a esquecer seu rosto,
Sempre assim.
Na verdade nunca o capturei de todo,
Sempre assim - por quê?
Escorrego
Pelas cadeiras e mesas da casa...
"Onde será que deixei...
O que mesmo?"
Ah, já sei!
A poesia, ela é que me falta.
Minha eterna amante,
Senti-la: eis do que preciso...
Imprecisa... em que papéis...
Em que fragmentos de cartas
Perdi-a? Sempre esquiva...
Onde escapara a infame?
Se enlouqueço?
Claro - humana que sou
Deixo-me em esquinas quaisquer.
Em sábados quaisquer...
Até que ela volte pra mim.
Mas você... ainda bem que você está sempre aqui.
Uma palavra: IRADO! Adorei o texto, vi todas as cenas, como num curta cult de algum festival por aí hahahha! Parabéns por conseguir manter a poesia em você, eu já a perdi há muito tempo e não mais a encontro! Bjs!!!
ResponderExcluirExcelente!
ResponderExcluirEssa palavra já virou clichê.
Ínterim,
ResponderExcluirEntre você e mim
Eu parto
E quando parto nasço
Como um novo mim
Mas a sua parte
É um caso à parte
Parte e fica
Em mim