sábado, 2 de julho de 2011

Batom vermelho

[Nem houve tempo pra saudade, não é mesmo? Você mandou tantas mensagens... - Mas pra ela houvera, sempre houvera o tempo da saudade - E pra falar a verdade não há mais motivo, não é mesmo? As nossas ideias nem se encontram. Não vejo por que vir te ver. Eu não venho mais, tá? - Tá. - Mas, como sempre, ela chorou e disse que o amava e que tinha que soltá-lo e mais uns inúteis clichês. E agora? Agora isso, ué! A vida, os amigos velhos, os novos, os falsos, os de copo... Uma noite de muitas cervejas e no fim aquela música - ai, como ela passara a odiar Los Hermanos! - , aquela maldita música que ela não tinha pra quem cantar - mas cantou. E sorriu. E ah, todos achavam tão sexy todo aquele melodrama - mas pra ela era verdade. E ela sorria tanto que chegou a acreditar em si. Além do mais, ela era daquelas que nunca olham pra trás - e não olhou. Não diante deles.]

Um comentário:

  1. Insisto em comentar. Mesmo que o texto seja assim... nos cause um completo silêncio depois... mas silenciar nas letras não causa o mesmo efeito de silenciar no som... por isso comento. Pra revelar o silêncio que me causou!

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